A terapia manipulativa articular exige que o terapeuta localize com as suas mãos as articulações imóveis ou assimétricas que estejam ligadas aos sintomas do paciente, e tratar utilizando técnicas de impulso.
As técnicas de impulso são um tipo de manipulação em que o terapeuta aplica um impulso terapêutico rápido (alta velocidade) de breve duração que percorre uma curta distância (baixa amplitude) dentro da amplitude de movimento anatómico envolvendo a barreira restritiva da articulação em um ou mais planos de movimento até ouvir uma libertação audível, confirmando a restauração do movimento na articulação afetada.
Outras técnicas usadas em conjunto ou em substituição das de impulso incluem:
Técnicas musculo-energéticas - Obter um relaxamento do músculo através da contração muscular no final da amplitude disponível. Aproveita-se a fase de contração muscular para à posteriori pedir um relaxamento.
Compressão isquémica - Técnica que permite provocar uma isquemia seguida de aumento do aporte sanguíneo de modo a que haja uma remoção das substâncias químicas que ativam as fibras nervosas que transmitem a dor.
Alongamento rítmicos - Obter um relaxamento muscular através da alteração do comprimento do músculo de forma rítmica e suave.
Supõe-se que períodos de imobilidade relativa, predispõe a formação de aderências fibrosas nas articulações, restringindo o movimento dentro da articulação. As técnicas de impulso melhoram os sintomas associados à restrição do movimento articular consequentes à sua cavitação e/ou formação de aderências.
Do ponto de vista fisiológico, existem algumas teorias que explicam a eficácia das técnicas de impulso. Primeiro, um impulso de alta velocidade e baixa amplitude alonga um músculo contraturado, que, por sua vez, produz vários impulsos nervosos a partir do musculo até ao sistema nervoso central. O sistema nervoso central envia reflexivamente um impulso inibitório ao músculo para ele relaxar. Uma teoria alternativa sugere que, os recetores nervosos do tendão ativam-se durante a manipulação e relaxam o músculo.
Assim as técnicas de impulso vão aliviar a tensão muscular, aumentar a mobilidade das articulações, e melhorar o suprimento de sangue para os tecidos ajudando o corpo a recuperar. Mais importante ainda é que as manipulações produzem um efeito estimulante do corpo conduzindo este á sua reabilitação.
O uso da terapia manipulativa articular é indicado para tratar a perda de movimento articular com alterações associadas aos seus componentes inter-relacionados - estruturas esqueléticas, articulares, miofasciais e seus respetivos elementos vasculares, linfáticos e neurológicos.
Uma indicação comum para o uso das técnicas de impulso é a "fixação articular", descrita como uma condição em que quaisquer dois ossos em uma articulação tornam-se desalinhados ou fixados (presos).
As técnicas têm sido amplamente relatadas na literatura médica e foram provadas eficazes no tratamento de diversos sintomas, e na redução do número de medicamentos para a dor que os pacientes podem precisar para uma lesão músculo-esquelética.
De seguida estão algumas das restrições articulares mais comumente associadas ao tipo de sintomas que leva mais vezes o paciente a procurar tratamento:
Dor cervical/dorsal/lombar com mobilização, dores de cabeça, dores no ombro, dor na inspiração/expiração - Vertebras da coluna vertebral fixadas.
Dor na região inguinal, dor na região lateral da coxa que se estende até ao joelho - Cabeça femoral rodada.
Dor no apoio do pé no chão, dor durante a marcha, dor generalizada no tornozelo - Bloqueio do astrágalo em relação à pinça maleolar